Deixar ou não os nossos filhos dormirem conosco é um assunto que divide opiniões entre os especialistas. Depende muito da cultura também. No Japão, por exemplo, as crianças compartilham a cama com os pais até os seis anos de idade.
Para ajudar a esclarecer algumas dúvidas a respeito do assunto conversei com o Dr. Jayme Murahovschi, pediatra do Max e titular da Academia Brasileira de Pediatria e Academia Paulista de Medicina. Segundo ele, esse conceito de cama compartilhada passou por várias fases no decorrer do tempo. Antes era natural. De repente tornou-se proibido, principalmente no caso dos bebês por causa do perigo dos próprios pais em matar a criança ao se virarem na cama.
“Eu pessoalmente não indico, mas recomendo que o berço do bebê esteja colocado ao lado da cama dos pais e assim ficar até os seis meses de idade. Depois disso eles podem dormir no quarto sozinhos.”, explicou Dr. Jayme. Estar no mesmo ambiente vai facilitar as mamadas que nesse período costumam ocorrer durante à noite, e consequentemente manter a segurança do recém-nascido.
Antes dos seis meses a atenção deve ser redobrada com os nossos pequenos. Após esta fase é importante deixá-los dormir no próprio quarto. Uma babá eletrônica e uma cama de solteiro para os pais adormecerem até que a criança esteja em sono profundo pode nos auxiliar neste processo.
Quanto aos maiores, o especialista alega que compartilhar a cama pode afetar no desenvolvimento da autonomia da criança. “A psicologia explica que as crianças precisam aprender a suportar a angústia de estarem sozinhas para desenvolver a autonomia e a individualização. Crianças que dormem frequentemente na cama dos pais podem ter dificuldades no processo de aprendizagem na escola.”, esclarece Dr. Jayme.
Por isso, aqui em casa estabeleço uma tarde, no final de semana, para dormir juntinho com o Max, satisfazendo o meu desejo e o dele! Apenas uma exceção e não uma rotina.